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quarta-feira, 30 de julho de 2014

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JOVENS LEITORES QUE ESCREVEM

Projeto de Leitura que incentiva a leitura e aposta no protagonismo juvenil através da viagem pelo mundo da leitura.


Que pensamos!? Que sentimos!?
Qual o sentimento da derrota da seleção e que compartilhamos!?
Durante um mês vimos intensamente, graças aos meios de comunicação, a festa da Copa no Brasil.
Para os que vivem nas capitais-sede uma vida íntima com o evento. Para nós, pobres mortais do interior: a tela, a telinha, a telona!
Passadas as frustrações momentâneas, perguntamo-nos: qual o sentimento da derrota?
“É dor que desatina sem doer” como escreveu Camões e bem cantou Renato Russo?
Passados dias do que chamaram de vergonha, qual o sentimento que temos hoje?

Vitória ou derrota: Oh derrota!
A boca “seca”, as pernas tremem e o juízo se desvaria. Nem o ópio, nem a maconha, nem umoutro  narcótico é capaz de produzir a sensação de um jogo de futebol!
 Brasil contra a Alemanha: no campo jogadores e histórias que se fez, que se fará. Se de um lado o sonho avassalador de conquista, do outro o carisma e confiança.
O brasileiro quente e ansioso, o alemão calmo e pensante.
E quem sofre não teve um motivo para sorrir; o Brasil agora parte nostálgico, não só da copa, mas do futebol transformador.
Oh Sete! Quanto és enigmático! São os sete pecados, as sete maravilhas do mundo, as sete trombetas. Meu Deus! Foram 7 a 1!
Texto de Jefferson Ferreira - aluno do 3º B Mat.
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Aprender, caro jovem leitor! Aprender!

Tudo o que ocorre em nossa vida, ou mesmo na vida alheia e que possamos observar, pode ser considerado oportunidade de aprendizado. Tenho escrito reiteradas vezes esta máxima! Aprender, aprender sempre para evoluir!

O que os apresento nesta coluna, caros jovens leitores, são pensamentos de estudantes que protagonizam sua história e fazem a leitura da realidade de modo sereno e desapaixonado, depois do fato. Isto faz parte da formação do jovem estudante: se apaixonar e sair do foco para observar de longe, conjecturar e apurar os sentidos para a realização de uma reflexão clara acerca do tema.
          No ENEM, nos vestibulares é o que se espera de quem deseja ingressar na Universidade.

Apresentarei abaixo, mais alguns textos dos estudantes do Polivalente sobre “O sentimento da derrota”.
Maria Luiza Reis do 3º Ano B escreveu:

“Copa do Mundo no Brasil? Uma verdadeira emoção! Mas infelizmente a Seleção Brasileira não conseguiu ganhar esse hexa. Meu sentimento para esse acontecimento? Estou feliz, como se o Brasil houvesse conquistado a vitória porque ganhando ou perdendo a competição não iria mudar nada em minha vida e nem mudaria a realidade do País. A falta de investimentos em saúde e Educação não mudaria. A corrupção, a fome e a miséria do País também não mudariam. Então pra quê ficar triste? Foi tudo muito lindo, mas a realidade não muda, continua a mesma!”

Escrito em 14/7/2014 – Pós Copa.

Rosania Kelly Nascimento - 3º Ano B - e Beatriz Nascimento - 2º Ano A- preferiram escrever poesias:

Rosânia                                           Beatriz
Ao aprovarem os jogos
Uma galera vibrou
Um povo brasileiro
Que após muito tempo esperou.
Esperou uma vitória
Que não chegou
Muita gente chorou ao assistir tal derrota
Em suas televisões, velhas ou novas!
As emissoras começam a correr
Retornando aos comerciais que cansamos de ver
Globo News, Coca-Cola e GNT
Quem ficou mal foi a Havaianas que o chinelo recebeu
Maradona muito alegre, pois enfima
devolveu!
E mesmo que não precise narrar
Sabemos como terminar
 Sabe-se que não se ganha
Quando o gol é da Alemanha!

O Brasil não jogou como devia
E é por isso que não deu para ganhar.
O Brasil não jogou como queria
Que era fazer boas jogadas para alegrar
E gols fazer para que o mundo pudesse surpreender...
Fiz essa poesia pra dizer que não devemos desistir e
 Que o Brasil ainda vai vencer
E todos nós vamos sorrir e,
se duvidar, pode crer
Que ele vai vencer
E, a taça vai trazer...
Não desanime!
O Brasil vai ganhar!
Haverá a próxima Copa.
Precisamos torcer!


Uma derrota não apaga uma história! São cem anos que não podem acabar. Tivemos alegrias, tristezas, mas o melhor de tudo é dizer que “somos penta”, antar a cabeça, temos a maior quantidade de campeonatos. O que nos basta é levantara cabeça, reformular a nossa percepção da camisa, pois para vesti-la tem que ter raça e honrá-la! Pois como já desde o início da Copa já ecoava nas Arenas: “eu sou brasileiro, com muito orgulho e com muito amor!”

Texto de Jorge Henrique – 2º Ano A
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          Escrever o que se pensa o que se sente ainda é a melhor maneira de realizar uma catarse e absorver a dor. A perda não ocorre apenas com relação à morte física, mas em todas as situações de “morte”. A proposta dada aos estudantes foi a de passar para o papel os sentimentos e estes são tantos e de tantas dores. A derrota significa a “morte” de uma expectativa, a “morte” de um sonho, a “morte” de um desejo, ainda que mesquinho: tripudiar sobre os derrotados!
          Mas como encontrar os derrotados para tripudiar? Onde estarão? Ao meu alcance? Parece muito esquisito: queremos tripudiar sobre quem não nos ouve, não nos vê!
          O mais certo: numa competição podemos vencer ou perder. Vencer respeitando o vencedor. Perder com dignidadeé regra básica do jogador em qualquer esporte.
          Somos uma maioria de Cristãos que ainda não aprendeu a ganhar e não suporta perder?

Por: Profª Claudete R. Oliveira